Assassinatos, estupros, tortura – todos sabem que as origens dos contos de fadas estão longe de ser fofas. Conheça nossa seleção dos contos originais mais sinistros.
Todos sabemos como vai terminar: o príncipe beija a princesas, e todos vivem felizes para sempre. Mas será que foi sempre assim?
A verdade é que a maioria dos contos de fadas que nós conhecemos hoje, em sua origem, tinham finais muito mais extremos, e envolviam temas mais pesados, como canibalismo, homicídio e tortura. Com o tempo (e, geralmente, com a Disney) eles foram abrandados para versões mais politicamente corretas, adequadas para as crianças hoje.
Contos de Fadas
Para entender os motivos dessas origens macabras, precisamos considerar o contexto em que a maioria dos nossos contos de fadas surgiram. Esses eram contos populares entre populações de pequenos vilarejos medievais onde hoje estão Alemanha e França. Nessas ocasiões, as histórias serviam tanto para educar as crianças – daí a “moral” incluída em cada história – quanto para distrair e entreter os adultos.
Os contos de fadas começaram a ser visto como “infantis” a partir dos Irmãos Grimm, que colecionaram vários contos alemães sob o nome de Contos de fadas para crianças. Mesmo assim, mantiveram a maioria dos detalhes sórdidos. Por que? Bom, precisamos lembrar que as crianças daquele tempo viviam em um mundo em que estavam muito mais expostas, convivendo mais diariamente e de forma direta com violência e morte. Ser devorado por um lobo, por exemplo, era um risco real.
Conheça então as 5 piores versões originais de contos de fadas. E, se você conhecer mais alguma origem bizarra, não deixe de nos contar nos comentários!
1º. A Cinderella
Na história que conhecemos, a nobre e bondosa Cinderella é obrigada a realizar os serviços domésticos dia e noite por sua madrasta má. Graças à fada madrinha, ela vai ao baile real, conhece o príncipe, mas precisa ir embora antes da meia-noite. Quando foge às pressas, derruba um sapatinho de cristal, que o príncipe usa para encontrá-la. E todos vivem felizes para sempre.
O interessante é que Cinderella é uma das histórias com mais versões mundo afora, incluindo uma Cinderella chinesa de 850 d.C. (que tem um enorme peixe dourado como fada-madrinha), chamada Yeh-Hsien. Aliás, a versão mais antiga – a história de Rhodopis, praticamente idêntica à Cinderella moderna – foi escrita no século I a. C., por Stabo.
A versão mais próxima da que conhecemos é de Charles Perrault, que incluiu a carruagem de abóbora e os sapatinhos de cristal.
Nas versões mais antigas da história, Cinderella não é tão boazinha assim. Na realidade, ela assassinava a sua primeira madrasta para que seu pai pudesse se casar com a empregada – que depois, viria a se tornar a “madrasta má”.
Além disso, a história é mais violenta. Quando o príncipe chegava na casa de Cinderella para calçar o sapatinho nos moças, as irmãs malvadas mutilavam os próprios pés, cortando os dedos e os calcanhares, para tentar enganá-lo. Diante da falsidade delas, passarinhos entravam pela janela e bicavam seus olhos, até elas ficarem cegas.

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